terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Internet e Mal de Hansen

É impressionante. Tenho mil coisas pra resolver e cinco mil páginas pra estudar. Desmarco todos os compromissos, falto academia, declino tudo que é tipo de convite pra ir pra casa me agarrar com o livro, e taí: dou um "Senta lá, Claudia" pro coitado e passo horas na internet. Não tem jeito, é meu vício. Principalmente agora, que meu computador do tempo que vovó surfava foi trocado por um laptop lindo HP de 14 polegadas, e melhor: fica comigo dentro do meu quarto, olhando pra mim, me pedindo massagem. Não dá pra resistir, dá?

Eu sei, eu realmente sei que, como estudante de medicina, preciso saber de tudo e mais um pouco. Mas, antes de ser médica, eu sou filha de Deus, né? E, como tal, tenho lá minhas horas de preguiça. Aliás, odeio essa palavra. Vou corrigir: tenho lá minhas horas de necessidade aguda de espairecimento. Meus olhos pedem por blogs de beleza, sites de fofoca, MSN, Outlook Express... pedem nada, CLAMAM! Checar meus emails, definitivamente, me faz ser uma pessoa melhor. Salvo quando é email de professor, claro.

E já que falei das agruras de ser acadêmica de medicina, vou confessar: tem horas que me acho a pior futura médica do mundo. Tá, do mundo não. Mas da UECE todinha! Me dá uma dor, um desespero quando eu chego na aula e tá aquele professor falando sem parar, ainda no décimo slide de uma apresentação de 150, vomitando sinal clínico e diagnóstico diferencial de doença em cima da gente, fazendo terrorismo com a prova, insinuando que, por mais que estudemos, vamos tirar zero redondo e pronto. Isso é vida? Isso é aprender? E quando a gente acorda 10 pras 7, se ajeita, veste jaleco, pendura esteto no pescoço, dirige 40 minutos, chega no hospital às 8 e 15, espera pelo professor até as 9 e ele diz: "vão lá, conversem com o paciente e colham a história clínica dele"? Pronto. É a aula. Aula dada. É ir ao leito e perguntar: "senhor, o que o trouxe ao hospital"? É só em faculdade pública ou também tem nas particulares, hein?

A minha sorte (ou falta dela) é que eu realmente gosto de clínica. Aliás, até ontem eu queria fazer dermatologia. Pra quê costurar testa de bêbado se você pode viver de aplicar Botox, fazer preenchimento, usar laser pra tirar mancha de acne e passar pomadinha pros pacientes? Mas aí, hoje eu mudei: quero clínica. Alguma clínica por aí, de endócrino a oncologia. Poder palpar fígado, percutir baço, auscultar pulmão, isso tudo é muito bom, e um dermatologista não faz isso, pelo menos não nas CNTP (pra quem não gostava de química, são as condições normais de temperatura e pressão, lembra? ADORO falar das CNTP). Tenho um certo prazer em examinar paciente. Juro que não entendo esse meu lado. Saí hoje do Cesar Cals morta de feliz porque tinha percutido o Traube livre do doente. Pois foi.

Pra completar, virei fã da Katy Perry hoje. Me apaixonei pela letra de "Firework". Não consigo parar de ouvir. De fato, hoje não é dia de estudar! Mal de Hansen, você fica pra amanhã, colega.

"Baby, you're a firework..."

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Meus blogs de moda e eu

Preciso confessar que, em alguns momentos, eu sou fútil. Na verdade, não sei onde fica a diferença entre futilidade e vaidade. Mas o que ocorre é que, praticamente de um dia pro outro, virei fashion addicted de primeira linha. Meu povo, eu nunca gostei de moda na vida! Aos 11, 12 anos, ia a festinhas de aniversário de jeans, T-shirt e tênis, o que levou minha mãe a pensar que eu era "sapatão" (fato que ela me confessou dia desses, do alto da sua inocência). Tinha cabelo "Chitãozinho e Xororó", roía unha, usava óculos redondinhos... e agora tô aqui. Meu nome é moda e meu sobrenome é vaidade. Nome do meio: frescura. Sei o que é isso não. Quem disse que as pessoas nunca mudam, hein? Eu, Belzinha, mudei da água pro espumante.

E boa parte disso é culpa dos blogs de moda. Claro que eu fui mudando aos pouquinhos. Mudei de cabeleireiro, depois me abstive de comer as unhas e, no final, comprei meu primeiro par de lentes de contato. Aos 15 anos, digamos que eu estava "menos sapatão". Eu ouvia cantadas! NOSSA! Aí precisei usar aparelho nos dentes e logo depois passei 2 meses nos EUA e lá engordei 10 kg. Sapatonismo voltou à minha vida. Nenhuma roupa cabia. Tratei de mudar isso e comecei atividade física e derivados. Virei mulherzinha de novo. E aí, fui me tornando mais, e mais, e mais mulherzinha a cada ano que se passava. Mas, mais ou menos um ano atrás, uma menina da minha sala chegou pra mim sugerindo o Garotas Estúpidas. Eu, inocentemente, fui ver qual era. E digamos que me tornei a mais viciada em blogs de beleza da face da Terra. Cheguei ao ponto de ir a um evento de moda onde a dona desse blog ia estar só pra bater uma foto com ela. E isso foi um pulo pra outros blogs de moda, pra blogs de maquiagem e até pra blogs de fofoca. E outro pulo pra vagabundagem. Não que eu tenha perdido o gosto pelo estudo, mas que dá mais preguiça quando você tem um mundo de sombras, corretivos e vestidos bandage à sua frente contra um livrão de 900 páginas de dermato, isso dá.


(eu, a Camila do Garotas Estúpidas e a Nêga no Arena Fashion Show)

Hoje em dia, me considero mais glamurosa do que nunca. Bem, não vou também dizer que sou o primor de estilo e elegância, fala sério. Tenho 1,55m e 55 kg. Looonge de silhueta esbelta, longilínea e elegante! Mas eu sou outra menina. Não sou mais sapatão, gente!! Hahahaha! Aprendi a me vestir adequadamente, a usar biju sem parecer a Hebe Camargo, a me maquiar sem ares de Elke Maravilha, a escovar minha franja até pra atender ao telefone... e isso tudo, coisinhas que eu sempre quis aprender a fazer, eu aprendi fazendo medicina!! Só prova, mais uma vez, que obstáculo é aquilo que se vê quando se tiram os olhos do objetivo. Um professor de matemática me disse isso nas sofridas épocas de cursinho e eu nunca mais esqueci.


(essa aqui é pra provar que eu usava óculos redondinhos. Fofa, não? NÃÃÃO!!)

Sim, blogs de beleza são muito, muito legais. Mas estudar dermato é muito, muito mais importante!

Allons y!

sábado, 6 de novembro de 2010

Pra não deixar meu blog parar: post no shopping!

Pobre blog. Jogado às traças! Vou dar uma breve escritinha pra não dizer que eu sou do mal com ele. Vou descrever alguma coisa. É! Vou descrever meu passeio no shopping hoje. Do ponto de vista mais feminino possível! Lá vai!

Primeiro que saímos eu e mamis, devidamente abandonada pelo marido que a trocou pelos carros da F1, para almoçar no restaurante chinês morgado do amigo dela. E eis que, no meio do caminho, mudo de ideia (uma vez que EU era a motorista e tava com todo o poder naquela hora, muaAHAHAHA) e me dirijo a um self service badaladíssimo da cidade, não sem antes ouvir Verinha reclamar (pra variar) que está desarrumada, e depois ouvir a mesma dizer que não devia nada a ninguém e iria almoçar do jeito que estava mesmo (por sinal, tal qual uma favelada, mas eu sou do tipo de pessoa que acredita que estar na moda é pagar as próprias contas, então chinelo havaiano e shortinho surrado não me fazem medo algum). Prestes a chegar ao restaurante, mudo de ideia (indecisa, eu?!). Pensando nos óculos de ciclismo que eu queria comprar há dias (é, virei ciclista!), sugeri: "Mãe, vamos pro Iguatemi"? E ela, não sem antes reclamar, claro: "Vamos, minha filha". E eu só pensava nos meus oclinhos de lente amarela. Sentamos no restaurante depois de 30 minutos procurando uma vaga pro carro ("Estão dando alguma coisa aqui hoje, moço"?) e pedimos nossa comida. As duas esfomeadas, comemos tanto couvert que, na hora do almoço de verdade, nada de fome. Eram as duas bestonas empurrando com o dedo a comida goela abaixo, depois de ter se empanturrado de pão, patê e bolinho de peixe. Achei que meu estômago fosse explodir. Mas eu não ia ser doida de IXTRUIR um prato de lagosta, né? Comi, comi, só faltei lamber o prato!

Depois, nós, 10 kg mais gordas, fomos rolando até a Renner, mangando de todo mundo que passava e comentando a quantidade de pessoas dentro de cada loja que aparecia. Chegando lá, cada uma foi pra um lado. Como acontece comigo em loja de departamento sempre, peguei 10 peças para experimentar e 3 se salvaram. Ou eu sou muito mal feita ou as roupas vestem muito mal. Prefiro acreditar na 2a opção! Peguei também uma cuequinha pra agradar o namoradinho (te amo, gostoso!), experimentei uns batons da Payot e terminei num rosa seco LINDO e me diriji toda serelepe ao caixa. Eis que aparece a véia, que tinha sumido há meia hora, agarrada num BODY DE ONCINHA!! "Mãe, tu vai pra onde com esse maiô de oncinha, pelamorde Cristo"??? "Ô minha filha, isso não é pra sair passeando dentro de casa não, é pra usar debaixo da roupa". ANTES FOSSE PRA FICAR DENTRO DE CASA!!

Aí a véia diz: "Vamos ao BUticário, minha filha". "Ô mãe, não é com U não, é com O"! De praxe, antes de ir ao BUticário, ela ciscou dentro da Meia Sola (a babação das vendedoras é post à parte!), da Cholet e de outras cinco lojas ali. Sem falar nas encostadas de testa nas vitrines parecendo aqueles meninos pedindo moeda no sinal. E, durante todo esse tempo, desde o momento que pedimos a conta do restaurante, eu estava doida pra fazer o número 2. Imagine, leitor, o desespero da pessoa que vos fala. Aliás, da pessoa constipada que vos fala.

- Isabela, vamos ali olhar não sei o quê.

- Ai, mãe, tô doida pra c***r. (em volume baixo, claro)

- Ah, minha filha, você passa dias sem c***r, não vai ser por causa de uma horinha que você vai morrer não.

Eu gosto de mamis porque ela é compreensiva! Ainda bem que meus óculos, enfim, saíram. E ainda descobri que acompanham lentes amarelas, transparentes e espelhadas. Uma coisa bem SUrtida. Parece meu relógio Champion que troca de pulseira. Gosto tanto do bichinho!


Ao chegar em casa, claro que corri pro banheiro. Ô alívio! Mas é certo que a melhor parte foi o saldo: um clog, meus óculos, um batom, as roupinhas da Renner e a cuequinha branca linda do bofe. Como já dizia Coco Chanel: "A moda sai de moda; o estilo, jamais".


(estampa da sainha linda da Renner que eu arrematei)

À plus!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Aah Jeri!

Acho que metade da cidade sabe que eu passei o feriado em Jericoacoara. Eu tava tão desesperadamente empolgada pra sair da mesmice da província que saí falando pra todo mundo que ia viajar pra lá. Pois eu fui sábado e voltei ontem. E foi muito bom. Aliás, foi MARA! Engraçado que na primeira vez que eu fui pra lá eu ODIEI. Tinha 17 anos, fui com a família (blééé!) e um monte de casais, cada um com seu 4x4 (fizemos uma espécie de trilha light), ficamos numa pousada cheeeia de pererecas que, aliás, nem existe mais e ainda por cima tava enlouquecendo de dor de cotovelo. Tipo tinha terminado o namoro de 6 meses, o mais comprido que havia tido até então, dias antes de viajar. E lá eu sofri: juntou tudo isso e meu "amor" por praia, aí deu certo demais. NOT. Pelo menos voltei inteira. E preciso dizer que odiei o local? Nao curti.

Na segunda vez eu já fui munida de artifícios mais legais. Tinha 21 anos e fui com o então namorado e três amigas. Posso dizer que já simpatizei mais. Subimos na duna do por do sol, que eu ainda não conhecia, e fizemos altos passeios off road. Sem falar nas noites regadas a coquetelzinho. Curti. Só não gosto muito de ficar falando sobre essa época em especial porque não foi lá uma das melhores fases da minha vida. Quem me conhece sabe do que eu tô falando. Enfim, foi.

E aí veio a terceira vez: feriado da independência de 2009. Estudante de medicina já. Acompanhada de uma turmona de casais e do namorado mais lindo do mundo (te amo, gostoso!), todo mundo de carro 4x4. Aí teve trilha, que eu particularmente nem curto tanto (confesso que MORRO de medo), teve som alto, teve gente dançando na boquinha da garrafa, teve cerveja muita e, no final, ainda rolou um cai duro pra finalizar. Curti bastante!

Mas, esse ano, no feriado da independência de 2010, eu sei lá o que foi isso. Não sei se eu que tô velha, mas teve um gosto, digamos, diferente essa viagem. Teve gosto de descanso, de paz, de fuga da vida real. E olha que eu tô de férias. Nem tô tão atarefada assim, pra querer sair doida fugindo do mundo. Mas eu precisava ir. E, pela primeira vez, quis ficar lá mais tempo. Sei lá, fugindo do mundo. Morar ali, jamais! Aliás, nem sei como aquele povo todo consegue. Eu sou urbana, sou da cidade, e olha que a província aqui nem é tããão cidade quanto eu gostaria que fosse (Paris, je t'aime!).



(cambada reunida depois de passear de balsa)

Jeri, dessa vez, me encantou de um jeito que nunca havia encantado antes. Parece que eu me permiti me doar mais. Não sei explicar. Mas foi bom. Aai, foi ótimo, mesmo tendo brigado com o namorado por lá. Mas já estamos bem. Em Jeri não tem como não ficar bem.


(momento romantismo sob o olhar do sol poente)

E, aproveitando a deixa, QUE COMIDA DELICIOSA É AQUELA DE JERI?! Todo mundo sabe que eu amo comer, né? Família Brandão é tudo assim: bom de boca. A padaria que meu pai faz é 70 reais. Neném adooora comprar comida. E aqui todo mundo gordo. Odeio. Ah, mas eu tô de férias, de férias ninguém engorda nada. Em Jeri eu detonei. Destaque pro peixe no molho de camarão do Dona Amélia, pro crepe "da Cris" do Naturalmente, pro nosso strogonoff de camarão (e pra lasanha do Diego, pra picanha do Andrei e pro camarão com abobrinha da Ruana) do Bistrôgonoff, pra pizza do Leonardo da Vinci e pra todos os pães da "padaria que abre 2 horas da manhã". Dessa vez, eu não fui lá. Fiquei frustrada. Acabei dormindo demais e perdi a hora. Bem, mas é preciso se preparar psicologicamente, porque o que tem de gostoso naquela vilinha tem de caro. E, quando encontramos um lugar, digamos, barato, a comida era sem gracíssima. Nem vou dizer o nome do local porque eu acho falta de sacanagem. Mas pergunta depois que eu digo. =]

Na volta, ontem, eu e o bofe paramos pra almoçar em Flexeiras. Outra delícia!! Comemos moqueca de arraia, camarão e lagosta por 28,50, meu povo!! Até agora tô arrotando azeite de dendê. Aai delícia! Tudo bem que a gente tava verde de fome, desde 9 da manhã sem comer nada, e já eram 3 da tarde, mas tava bom mesmo. Lembro do limão que eu espremi na moqueca e dá água na boca. Por sinal, ultimamente meu apetite tá desesperado. Tenho vontade de comer tudo que eu vejo na frente. Até verdura. Tô ficando é doida.

Aah Jeri! VÁ PRA JERI!!! Agora!!! E taí o por do sol só pra não dizer que eu sou ruim:


À plus!


terça-feira, 31 de agosto de 2010

A questão

Até que ponto é bom nós sermos nós mesmos e darmos um cotoco aos incomodados? Vocês já tiveram a libertadora sensação de serem vocês mesmos, sem ligar a mínima pras consequências disso, e um belo dia, quando tudo parece caminhar super bem, alguém vem e diz pra você que isso não é nada legal e que só aceita ficar do seu lado se você mudar? Pois isso aconteceu comigo. Aliás, aconteceu várias vezes. A última foi hoje. Tô um caco. E pior que só vou ver a terapeuta daqui a 14 dias.

Mas o assunto principal hoje não é esse! O assunto principal é MEDICINA! Não, eu não fiquei 3 anos mofando na cadeira do cursinho do Ari de Sá à toa... pra tudo há uma razão! E, se eu havia odiado meus primeiros dois plantões no Frotão pela Liga do Trauma, eu simplesmente amei meu plantão do último domingo. Dei a "sorte" de os residentes estarem em greve, então estagiário estava sendo necessário até dizer chega. Mal chegamos, subimos pro centro cirúrgico: minha coleguinha ia auxiliar (sim, de capote e tudo) uma cervicotomia por perfuração por arma branca. Sim, o cabra havia levado uma facada no pescoço. E foi um stress só. Lá pros finalmentes dessa cirurgia, que eu estava assistindo só de esguelha, umas 8 da manhã, eu ainda meio grogue me recuperando do sono de 4 horas, põe a mão no meu ombro um cirurgião baixinho que eu nunca havia visto na vida: "Vamos auxiliar uma laparotomia comigo, doutora"? Na hora, me deu um desespero. Primeiro que achei que não ia haver hora pra terminar. Que ia ser tiro, facada, sangue, morte... e depois que tava com total abuso àquele hospital. Mas não. Mudou a minha concepção de estágio de emergência!

Era uma paciente de 28 anos com suspeita de gravidez ectópica. Leia-se hemorragia intra-abdominal e muita, muita dor. Lavei as mãos, vesti o capote, entrei na cirurgia, passei sonda vesical, auxiliei nos afastamentos e pinçamentos, afastei até o útero da paciente com as minhas mãos! É quente ali dentro!! Foi emocionante! E, no final, ouvi: "Já suturou pele, doutora?" "Já". "Pois termine aí". MEDAAAA!! Ele deu uns pontos, eu terminei. Claro que ficaram horrorosos comparados aos dele. Mas foi tão fácil. Revigorante. Eu precisava daquilo. E, aí, eu e minha coleguinha descemos pra emergência de alma lavada. Nos sentindo as médicas mais poderosas do mundo, mesmo com aquele cheiro de álcool iodado, xixi e sangue, tudo misturado.

Chegamos no hospital às 7 e meia da manhã e saímos de lá às 7 e 15 da noite. Péssimas, cansadas, descabeladas e mal cheirosas. Mas felizes! Missões cumpridas com louvor. Que venham os outros 27 plantões do nosso estágio!!

Casar com a medicina ou com um ser humano? Eis a questão.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Uma bolsa azul e um gato apaixonado

De volta ao abandonado pobre coitado do meu blog!

Tenho vááárias novidades da última postagem pra cá. Primeiro que eu dei meu primeiro plantão!! Êêê!! Que legaaaal (NOT!)! E, assim, fiz minha primeira sutura (uma testa de um acidentado de moto: couro duro e ruim de anestesiar. Eu mereço!), usei meu primeiro Allstar e tive meu primeiro trauma de médico. Sim, trauma. Não é porque eu sou da liga do trauma que eu ia ter que sair do hospital traumatizada, né? Ai, que péssimo! Enfim, mas foi o que eu senti. Fiquei passada com o fato de os médicos plantonistas daquele hospital estarem POUCO SE LIXANDO pros pacientes. Tá certo que, se esse povo usasse capacete ao passear de moto e o fizesse sóbrio, o movimento ali seria diminuído na metade; mas isso não é motivo pra médico se fazer de doido, pra passar a tarde vendo o jogo do Timão na TV da sala dos médicos, muito menos pra chamar paciente de "filho da p...". Sim, eu VI isso lá. Talvez eu esteja muito "verde" ainda pra encarar a dura realidade de um médico de emergência. Mas, verdade seja dita: mudei a concepção que eu tinha da medicina que salva vidas. Mas também não vou ficar falando sobre isso, senão ninguém bota mais fé em médico, e é claro que eu quero que botem fé em mim um dia. Um dia...

(meu Allstar novinho, sem a mancha de álcool iodado que ganhou no plantão, com participação especial do mais novo apaixonado da casa, o Jacinto)

E, falando em medicina, eu me sinto cada dia mais desprovida de Q.I. Preciso urgentemente entrar na comunidade EMBURRECI NA MEDICINA. Sério. Quanto mais eu estudo, menos eu aprendo. Quase ficava de final em BIOÉTICA!! Pode?! Eu sei que o aprendizado tá intimamente relacionado ao sono, e dormir realmente era algo que eu tava fazendo muito pouco nessas últimas semanas do semestre letivo (sim, férias estão em vias de chegar!!), então eu estou meio que colocando a culpa da leseira no sono, ou na falta dele. Coincidência ou não, depois de 3 dias consecutivos dormindo 8 horas por noite e 2 por tarde, até que a minha capacidade cognitiva deu um up. E eu continuo loira. Ou seja: descarta o viés tinta. Péssimo de novo!

Como a gente tá meio de férias, mas ainda falta a última prova (que é amanhã e todo mundo vai perfumado pra faculdade pra poder bater foto depois), hoje eu estava doida pra fugir de livro (ô novidade!). Pra fazê-lo bem, fui comprar uma bolsa no shopping. Fiquei na maior dúvida, experimentei a vitrine inteira e toda a banda da parede da loja da mulher, pedi pra pegar 5 no estoque e, afinal, escolhi uma azulzinha tom pastel. Paguei 4 reais só de estacionamento. E, ao chegar em casa e testar a pobrezinha no meu espelho, com as minhas roupas e meu olhar crítico, descobri que não estou precisando de bolsa em azul pastel. Qual a roupa que combina com azul pastel?! Não consegui pensar em nenhuma até agora. Só consigo pensar em ir trocar essa bolsa. E lá vou eu de novo pagar 4 reais e botar a loja da mulher abaixo outra vez. E sem vergonha alguma. Já dizia minha mãe: "vergonha é roubar e não poder carregar". Sábia mulher.

E mais: voltei pra terapia. Sem mais delongas, porque enfim isso é íntimo demais pra sair publicando que nem doida, mas eu me sinto tããão bem quando tô na terapia! Já é uma terapia só saber que faço terapia. Que péssimo parte 3, né?! Eu, definitivamente, amo as psicólogas! Vida longa às psicoterapeutas lindas e pacientes, que não assistem ao jogo do Corinthians enquanto as clientes endoidam na sala de espera, roendo unha e arrancando cabelo, e nem as chamam de "filhas da p...", pelo menos não na frente delas. E a minha, acima de tudo, é professora da minha universidade. Tô em casa. Todo mundo deveria fazer terapia.

Outra novidade: meu gato foi flechado pelo Cupido. Apareceu uma gata vira-latas por aqui e ele passa noites e noites na porta de casa berrando por ela. Tomei um susto na primeira vez, achei que estavam estripando o gato vivo. Mas não. Era o grito do amor. Tô pra mandar capar.

Preciso urgentemente estudar! Coragem, amiiiiiga, cadê vc?!

domingo, 1 de agosto de 2010

Domingo de manhã = ócio = post

Pois é isso mesmo. Tem coisa mais sem graça do que domingo de manhã? Aliás, tem coisa mais sem futuro do que um DOMINGO INTEIRO?!? Sinceramente, domingo só é bom pra macho, que gosta de futebol e de F1, que bebe cerveja, que fica feliz com o mínimo de mongolidade que tá passando na televisão (e admito que isso me causa uma baita de uma inveja!). Eu seria tão mais feliz se um simples Globo Esporte me animasse!

Mas não. Tô num ócio desgraçado, e o pior de tudo é que é preciso muito, mas muito, pra me tirar dele. É aquele tipo de ócio que, mesmo que você pense em fazer aquelas coisas que mais te agradam normalmente, você não se empolga nadinha de nada com elas. Você diz: "MHÉ"! como uma criança que adora brigadeiro olhando pra um prato de feijão com quiabo dentro (ECAAAA! E aquela baba do quiabo, hein?!?). E aí o ócio chama mais ócio. Você quer dormir e não tem sono, porque dormiu até 10 da manhã. Quer ver filme, mas não tem coragem de ir à locadora. Quer sair pra almoçar e conversar besteira, mas tá todo mundo ocupado demais pra sair com você e conversar besteira. Quer bater papo no MSN, mas ninguém de interessante tá on line. E o ócio flui. E ainda tem um detalhe pra deixar tudo ainda mais legal: estou, de novo, vazando sangue pelas "partes". Eu mereço...

Ah, mas eu vou escrever pra espairecer. Primeiro que ontem fui a uma FESTA BREGA! Novidade na minha vida, nunca tinha ido a nenhuma. Calça listrada
de cintura alta da mamis, blusinha de gola alta (tudo alto!), make up anos 80, trunfa no cabelo e pérolas, muuuitas pérolas! E aí morri de comer churros, mini pizzas, bolo de brigadeiro e coxinha. Dançamos Chicletão e É o Tchan, com participação do querido Amado Batista (tema da festa, né? Não podia faltar). E fui dormir bebinha 1 da manhã do lado do meu brega preferido, que tirou o cavanhaque e ficou SÓ DE BIGODE pra arrasar na festinha e ainda realizar minha fantasia sexual. Já posso dizer que fui cortejada por um homem de bigode!! Privilégio de poucas pessoas abaixo dos 40 anos...


(se é de ser brega, vamo ser! Meu Guaraná Wilson e eu, os mais bregas do pedaço)

E esses dias fui comprar roupa na C&A. Ora, fiz a festa. Precisava esperar pra consertar o relógio (branco, novo, liiiindo!), corri pra lá pra ver se algo se salvava. E não é que dava pro gasto?! Claro, tem q ter um olho bom, porque normalmente as peças ali são de péssima qualidade. E, quando você passa 2 horas diárias lendo blogs de moda e beleza, você fica craque em pegar roupa bonita nas araras das lojas de departamento naquele estilo. Mas não teve jeito: peguei 2 blusas iguais, do mesmo tamanho, mas de cores diferentes, e quando cheguei em casa, uma delas era 2 dedos menor do que a outra em todas as dimensões. Etiquetada errada. Ou eu troco, ou perco 12,90. Tinha que ter uma dessas, né? Lá vou eu voltar pro shopping, pagar 3 reais de estacionamento e trocar uma blusa de alcinha que não vai durar 3 lavagens. Comprar na C&A é assim...

E ficar no ócio dia de domingo é assim: um saco. Vou ali bater um papo com o papagaio.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Meu iPhone novo

Primeiro pedi, pedi, pedi. Depois o bicho chegou. Amei. Depois odiei. Aí aprendi a mexer. Amei de novo. Reiniciou sozinho. Odiei de novo. Descobri que o bluetooth dele não funciona. Odiei loucamente. Mas como tudo na vida é baseado no amor e no ódio, preciso admitir que tô amando o brinquedinho.

Eis as fotos recém tiradas com o dito cujo:

(minha escrivaninha morta de chique)

(Jacinto todo todo dormindo no meio da bagunça da minha escrivaninha morta de chique)


(meu jalequinho que eu fui pegar hoje devidamente bordado com o logotipo da Liga do Trauma)

Deixando claro que me falta muita, mas muita inspiração pra escrever. Hoje o dia foi de folga, depois de uma prova estressante de reumato. Eu mereço matar horas lendo blogs de beleza!!

E bom Fortal! (Nana, aí vou eu!)

sábado, 3 de julho de 2010

Me revoltei-me!

Não sei se é por causa das fases da Lua, se é porque o Brasil perdeu ontem de virada (ah, mas a Argentina foi junto, e de goleada!), se é porque a vida de vez em quando fica monótona demais ou se porque nós mulheres vivemos à beira de um ataque de nervos mesmo, ou até se por causa de tudo isso junto, mas HOJE EU ESTOU UMA MERDA. Tudo em que eu pus a mão hoje quebrou. Amanheci vazando sangue pela periquita. Faltei aula hoje pra dormir. Preciso estudar Ética Médica (???) pra prova de segunda e não encontro coragem. Ai, tô revoltada. Hoje eu tô revoltada até por ser mulher. E o pior: eu vou reclamar pra quem?! Pra Deus?! Coincidência ou não, recebi por email as toscas fotos de um cara (ou uma mulher) que tem corpo de homem, inclusive tatuado, musculoso e barbudo, e uma bela de uma genitália feminina, inclusive depilada. Será que ele (ou ela) não aguentou mais o desespero de ser mulher e se enfiou hormônios masculinos?!

É, mas como boa mulher, eu sei que isso que eu estou sentindo vai passar, do jeito que esse sangue que sai da gente de 28 em 28 dias também passa. É, e eu sei também que vai voltar, pois o sangue também volta, a não ser que eu engravide (e isso eu não quero tão cedo!). Eu sei, eu realmente sei que eu tenho que agradecer por ser mulher, por ter a dádiva de procriar, por poder carregar um ser no ventre por nove meses, por ter passado por uma quimioterapia, ter só um ovário e ainda menstruar religiosamente, por ser o sexo frágil, tralalá, tralalá. Mas tem dias que eu tô tão brochada, tão revoltada, que vantagem nenhuma em ser mulher passa pela minha cabeça. E não vejo vantagem nenhuma em ter que me relacionar com um homem. Pode parecer lésbico, mas é isso aí mesmo. Outro dia li um livro sobre a mulher francesa e a autora parafraseou alguma escrita de quem eu não lembro o nome: "a gente só aguenta homem porque tem a infelicidade de amá-lo". E eu assino embaixo.

E o mais engraçado é que há alguns dias eu tava ME ACHANDO. Sempre fui de pensar: "se eu não me achar o máximo, quem vai me achar"? E eu me sinto a bala que matou Kennedy mesmo. Eu admito. Principalmente depois que eu passei no vestibular. Só que hoje, hoje em especial eu não sou nem o chumbinho que matou o passarinho da vizinha. Por mais que você chegue pra mim falando que a minha vida é boa, que eu faço o que gosto, que eu não tenho problemas (e eu sei que isso é a verdade), eu não estou com um pingo de saco pra encarar o fato de ver gente hoje. Tô puta. Aliás, nem sei mais o q eu tô. Há 5 minutos era revoltada. Queria apertar um botão e ter meu bom humor de volta. Às vezes eu acho que eu sinto tudo mais do que todo mundo. Que eu sinto mais pena, raiva, ciúme ou medo do que o resto do mundo. Como se tudo que eu sentisse fosse mais intenso, inclusive as revoltas nonsense dos dias em que eu amanheço menstruada. Eu às vezes queria estar na pele de outra pessoa só pra saber como ela se sente. E eu juro que gostaria que essa pessoa fosse um homem. Porque ser mulher, às vezes, só dá dor de cabeça. Será que nós mulheres nunca estamos satisfeitas mesmo, ou isso é um ditado malvado que os homens inventaram para nos fazerem de idiotas?

Além de tudo, mais tarde tem festa de São João da faculdade aqui em casa. Ofereci o quintal pra que o pessoal não tivesse gasto com locação de espaço, mas já escutei TANTO da minha mãe, que eu vou pensar mi vezes antes de ao menos imaginar o quintal da minha casa como lugar de festa de novo. E hoje vai ser puxado. A dona da casa é a última a dormir, sabe como é. Ano passado, dormi no sofá em pleno rolar de festa. Teve até foto. Veremos como eu vou me sair dessa vez. Queria apertar um botão (outro, né?) e ficar embriagada e achar tudo lindo, tudo zen, paz total. Resumindo: queria ser homem.

É, hoje eu tô tudo menos eu. Ou, quem sabe, hoje é q eu tô eu com todas as minhas forças.

Homens, vão todos à merda!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Vivendo e aprendendo

Registro que hoje aprendi duas coisas:

1) Quando se tem dinheiro e namorado, não se estuda nada;
2) Perder o ticket pago do estacionamento do shopping é uma merda.

Não que eu tenha aprendido por experiência própria, claro.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Academia e afins

Hoje eu malhei pesadão. Tava inspirada. Bom, tava estressada. Provas chegando, sensação que quanto mais eu estudo menos eu aprendo, que vou ser a pior médica do mundo inteirinho e por aí vai. Aí foi só a conta: dei o gás na malhacione.

Tava agorinha lendo sobre osteoporose, matéria da próxima prova. Foi lá que eu vi: "fator de risco para desmineralização óssea: FALTA DE ATIVIDADE FÍSICA". Pensei: "caraca, tô bem. Pelo menos nisso aí, eu tô bem". Porque eu malho. Mas eu malho! Eu malho de personal, que é pra não desistir no meio do caminho (já que meu rico dinheirinho está em jogo), e eu malho com gosto. Eu gosto é de sair toda melecada de suor daquela academia, de sair com a blusa branca imunda de graxa das anilhas que eu agarro no abdominal. É uma terapia. Isso sem falar nos benefícios óbvios (e lindos, e durinhos, e sarados!) dos leg press' e dos agachamentos. A cada avaliação física que eu faço, é um pouquinho da minha alma que eu lavo. E a minha personal diz: "você é, atualmente, minha melhor aluna". Mas cá entre nós: IMAGINA A PIOR!!

E ainda tem mais: tem coisa mais relaxante que reparar em todo tipo de gente que resolve aparecer por lá? Vale por 10 comprimidos de Maracugina! Tem aquela que vai de calça branca (e aparentemente sem calcinha) e acha de fazer, exatamente naquele dia, exercícios quase eróticos pro bumbum durante vários minutos; tem a que dita moda, que é toda rechonchudinha mas vai de calça coladinha com um body exatamente no mesmo tom, pra combinar mesmo de com força (pena que ela tá grávida, então só a vejo de roupão. Não tá ditando moda atualmente. Buá!); tem a que vai de macacões (ela os tem de toooodas as cores) exatamente na cor da meia, de trança na franja (sim, na FRANJA!) do cabelo (mesmo beirando os 40 anos) e um batonzão digno de Emily Blunt em algum tapete vermelho por aí, nada a ver com academia. E tem o filho de representante de perfumaria (é, tenho meus informantes) que todo dia toma banho de perfume e chega intoxicando todo mundo no recinto. Não que ele seja o único. Mas pelo menos é o mais nocivo à minha narina. Ugh. Epa, nem acabou: tem o cubano bombadão que diz todo dia que meu cabelo tá lindo. Ai, ele é fofo. E tem as bibas! Aaaai, as bibas! Atóron! Tá por fora, tem biba lá que já ganhou até concurso de beleza. Me mata de orgulho!

E é por isso tudo que, pra mim, malhar é tudo de bom. É claro que tem dia que eu não estou com um pinguinho de vontade de ir pra lá. Mas aí a voz do meu dinheirinho fala mais alto. A voz do dinheirinho e do buchinho também. Gorda nunca mais! Não que eu seja a mais magra do mundo, né? Mas que fazer exercício me ajuda a poder saborear minhas paneladas, buchadas e carneiros guizados em paz, pode apostar que ajuda. Como praticante do negócio e como estudante de medicina, eu recomendo demais. Até porque, honestamente, nem eu e nem você teremos 20 aninhos pra sempre. Olha aí a osteoporose no mundo. Verdade seja dita.


(galera da academia e eu, na Corrida Iguatemi do ano passado)

Maaas, como nem tudo na vida são blogs, vou voltar pra osteoporose. Pelo menos na teoria. À plus!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Madrugueition

1 e 40 da madrugada de segunda pra terça. Não sei o que houve não, mas simplesmente me falta inspiração. Me falta há dias. Blog tá abandonado, coitado. Devo estar feliz demais. Né sempre assim? A gente tá mal e escreve, escreve pra caramba e super bem. Basta ficar bem e esquece de tudo. Só quer saber de ficar bem.

E, sendo assim, vamos me esperar ficar mal de novo. Isto é, se é que eu vou ficar mal, ou se é que eu preciso ficar mal pra escrever. Hum. Tô bem mesmo. Essa semana nem 'doença da semana' eu tive. Ou tive e não tô lembrando? Puta merda. É Alzheimer!

See you guys next time then!

domingo, 9 de maio de 2010

Massacre

Dia das mães com gostinho de cabo de guarda-chuva na boca, ou seja: RESSACA. Aaaai, odeio ter ressaca (mas adooooro uma cervejinha)!!


(mamis e eu com os cabelos ao vento em plena Quinta Avenida, em NY, em maio de 2009)

Tudo por causa de um uisquezinho com guaraná numa festinha de aniversário. E o bicho era Chivas, leia-se 12 anos! E, mesmo assim, Belzinha tá aqui: morta. Começou na volta da festa: eu e o bofe fizemos revezamento de vômitos. Ou seja: a gente encostava o carro de 5 em 5 minutos. Uma vez ele vomitava, uma vez eu. Olha que legal! Já quero brincar disso de novo! (ecat)

Depois que eu cheguei, às 3 da matina, começou um filme ótimo: O MASSACRE DA BILE AMARGA. Eu vomitei litros de bile. Às 7, às 8 e às 9. Consegui dormir de novo, pra levantar às 11 e cometer o amargo erro de sair pro almoço de dia das mães com a minha ilustríssima Veroneida (vulgo Bêra, pois ela normalmente está à "beira"da loucura). Churrascaria. Dor de cabeça. Barulho. Suor frio. Comida. Naúsea. Tudo junto e misturado. Ao primeiro gole de água de coco, corri pro banheiro. O MASSACRE DA BILE AMARGA, parte 2. Voltamos pra casa. Parte 3. E depois fui pra casa da vó. Péssima, mas não podia fazer a desfeita de não ir vê-la, afinal é mãe do meu pai (e meu nome, por sinal, é em homenagem a ela!). 3 da tarde: hora de ir pra casa. Parte 4 ameaçou vir, mas desistiu. Deus é Pai (e, segundo meu amigo mais armorial, lady é Gaga).

E agora estou aqui, tendo recém descoberto que Geisy Arruda lançou a própria grife de vestidos (adivinha a cor predominante na coleção?), amargando uma bela dor de cabeça (eu já gosto de ter dor de cabeça!), referindo dor no corpo caloso, com uma fatia de pão e uma xícara de café na barriga, tudo que consegui que permanecesse no meu estômago durante todo o dia. Vou pensar seriamente antes de beber na véspera do dia das mães do ano que vem.

Coragem, onde é q tu tá, pelamorde?!?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Enjoei :P

Nem que vc esteja tão desprovido de cédulas de real quanto eu, mas pelo menos pra dar boas risadas e ler bons textinhos descritivos: dá uma passada no Enjoei! Ai, adoro. Meu sonho é botar minhas calcinhas pra vender lá.

À plus! (oui, j'adore la France)

Hipocondria

Ai, ai, ai. Tô aqui morrendo de dor de cabeça. Desde 1 da tarde que essa danada me perturba e nada de passar. Pelo contrário, fica piorando a cada minuto que passa. Tomei um Tylenolzinho há uma hora, mas foi mesmo que tomar uma garapa de açúcar. Deu em NADA. Fico revoltada por não saber a causa dessa nojenta pra poder dar um fim nela. Afinal, eu faço medicina, tenho obrigação de saber. Isso (que eu tenho obrigação de saber) meu inconsciente é quem me diz. Ele me exige bastante. E, quando eu não correspondo às expectativas dele, ele vira um treco chamado PESO NA CONSCIÊNCIA. É osso.

Fui pra academia hoje de tarde mesmo com essa dor de cabeça petulante me enchendo o saco. Eu sei que não se deve malhar com dor de cabeça (pelo menos é isso que a minha instrutora me diz e eu nunca fui atrás de saber porquê), mas o tal do pesinho na consciência falou mais alto. Fui, malhei braço e agora a dor tá 30 vezes pior. E o pior de tudo é que nem posso tomar o remédio mais forte que Tylenol que eu tenho aqui, o Cefaliv, porque ultimamente ele tá me dando umas agonias no juízo, sabe-se lá o que isso significa. Eu não fico me sentindo bem e eu não sei como descrever o "não me sentindo bem". Mesmo fazendo medicina. E mesmo com peso na consciência.

E eu, depois da malhação, no banho, pensando: "peraí, não posso falar de dor de cabeça no blog. A doença da semana é hipertireoidismo"! Pois é. Agora, toda semana aparece uma doença nova. Nas férias, era carcinoma no estômago. Semana retrasada, era diabetes. A da semana passada eu nem lembro mais. E a dessa semana é hipertireoidismo. E, abarcando todas elas, vem a HIPOCONDRIA. Eu sei. No consciente, Belzinha sabe da real presença da hipocondria. Mas inconscientemente... ai, ai, ai, é difícil. E o engraçado é que eu não gosto de tomar remédio. Morro de medo de ter um piripaque e morrer de efeito colateral, de overdose, de interação medicamentosa, de doidice esclerosante aguda, o que seja. Mas em matéria de arranjar doença... ah, isso é comigo mesma! E, considerando que estamos na clínica e toda semana a gente tem aula de cinco, seis doenças (das sérias) diferentes, eu resumo tudo em uma frase: tô lascada. Bem, resumo em duas: (1) tô lascada e (2) haja terapia.

Eu tenho todo um histórico de transtorno de ansiedade, de ataques de pânico, de psicólogas e psiquiatras e de Maracujinas. Ou seja: doidice tá no lugar certo. Hoje em dia, eu me considero meio que em latência dos meus distúrbios psicológicos, apesar de, todo mês, na época da famigerada TPM, eu jurar que vou voltar correndo pra minha terapia. Mas aí, no dia seguinte, a doidice passa. E eu me considero ótima, pronta pra próxima. É, minha gente: problema de cabeça é coisa séria. Que o diga quem tem chifre! (ô piada infame)


(essa aqui é só pra ilustrar um momento de completo relaxamento e ausência de peso na consciência numa das aulas de farmacologia do semestre passado)

Ai, ai, ai. Às vezes eu queria tanto ser mais calminha!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ah, o amor!

Hoje eu tô com vontade de falar de amor. Não sei se é porque estou próximo aos dias vermelhos (piro no melô da vaca menstruada até hoje!), mas a verdade é que meus últimos dias têm sido, digamos, sentimentais. Isso é estranho vindo de mim, uma vez que me considero um tanto fria demais pros padrões brasileiros, e isso inclui uma certa aversão a beijos e abraços (comum a mim e ao meu pai, o que minha mãe odeia). Hum, mas estou resolvendo isso.


Quero falar de amooooor! A gente começou a clínica pra valer essa semana e calhou que hoje de manhã fui pra um hospital infantil ter aula de cirurgia (teoricamente). Com o contato com pacientes, o amor super aflorou em mim. Aflorou até instinto materno, coisa que eu nunca havia sentido na vida! É isso que move os médicos, minha gente: AMOR! Só vai saber o que isso realmente significa quem tiver o privilégio de ser escolhido pra seguir essa profissão sofrida, mas linda, rica, EXUBERANTE. Eu tenho certeza que fui escolhida pra ela desde que eu nasci, mas eu nunca havia tido a coragem de me dar a oportunidade de tentar segui-la. Hoje em dia, a 4 anos do fim, essa certeza é mais forte ainda. Eu sinto verdadeiro amor pelo que eu faço, por mais que às vezes eu leve patada de professora e por mais que eu SEMPRE seja reprovada em prova de seleção de liga. Aff... isso me magoa. Mas mesmo aí existe o amor. Se eu não amasse isso tudo, eu já teria desistido. Já teria aberto mão de estacionar meu carrinho naquele favelal do Hospital Geral, de sentir catinga de cocô de gato nos jardins da faculdade e de aturar professor mal humorado e que simplesmente se lixa pra faculdade. E agora rumores de greve de novo. Tomara que meu pai não leia isso!

Ah, mas o amor... senti fortemente o amor perto de mim hoje de manhã. Aliás, acho que nunca fui tão bombardeada por rajadas de amor como hoje. Leia-se mães cheias de amor segurando no colo seus filhinhos de lábios fissurados sendo atendidos por uma equipe multidisciplinar igualmente cheia de amor, pra que os pequenos possam passar por cirurgias, atendimento odontológico e fonoaudiológico etc e que possam vir a ser "normais", entre aspas mesmo, uma vez que o conceito de normal é bem relativo. É, há um certo preconceito para com os bebês que nascem com lábio leporino. Até as mães, segundo o professor disse lá, acham seus filhotes feios quando do nascimento.

Mas ali, hoje, eu só vi beleza. E vi amor. Vi amor no meu professor, um cirurgião plástico que atendia cada criancinha com todo o carinho de que ele podia dispor, tirava nossas dúvidas, nos explicava todos os pormenores da deformidade e mostrava até um livro enorme de cirurgia com desenhos das técnicas de correção; vi amor na fonoaudióloga que nos recebeu, falando toda empolgada do projeto de apoio aos fissurados, os olhos brilhando; vi amor no meu coleguinha, que foi forçado a segurar um bebê de 5 meses fissurado e sorridente mesmo sem ter o menor jeito pra isso; e vi um amor absurdo em mim, pois me apaixonei por cada criança que passou pelo nosso consultório improvisado hoje de manhã. Nem de pirralho eu gosto, meu povo. Mas hoje... hoje fez plim plim! Fiquei doida pra fazer pediatria. Sim, eu na pediatra. Parece mentira.

Aquelas mãezinhas... sério: eu só vou entender o que elas sentem quando eu for mãe. Minha mãe sempre diz que é algo incomensurável, inexplicável. Ela diz que marido pode ir embora, amigo pode deixar de ser amigo. Mas filho, filho nunca vai deixar de ser filho. Lindo, né? Lá no hospital, uma mãe tinha vindo de Icó com o neném. A outra, de Salitre (onde ser isso?!). Uma outra, de mais perto: Aquiraz. E todas com uma vontade enorme de ver seus filhos abrindo um sorriso perfeito, mostrando os dentinhos, falando todos os fonemas.

E ontem, na clínica de endócrino, eu também vi (e senti) amor, embora não tão forte quanto hoje. Entrou um paciente senhorzinho que me lembrou muito meu pai. Fisicamente não tinha nada a ver. Aliás, não parecia em nada. Mas achei de enxergar o tal senhor de uns 55 anos, barbado, como meu pai (que só tem 51 e não usa barba). E ele lá, mostrando as manchinhas na perna, manchas de sol mesmo, a um bando de aluno tão leigo quanto ele, e dizendo que "não é ceroto, tá limpo". Dizendo que a própria mulher havia cortado suas unhas dos pés pra que ele fosse ao médico, que odiava o próprio nome e que havia colocado um nome lindo e original na filha: "Valeska Stephanie", pra meio que se livrar do peso de carregar um Raimundo nas costas. E, depois, ele disse que precisou fazer um exame que não era oferecido pela rede pública (aliás, que rede pública insolente!) e precisaria pagar por ele 360,00 reais. E completou: "doutora, 360 reais eu ganho num mês". Ah, meu Brasil. Como seria duro ter de escutar meu papi dizer isso!

Eu acho que, se a gente projetasse quem a gente ama nos nossos pacientes, a medicina seria revolucionada. Nada é mais forte que o amor. Nada mesmo. E pode me achar abestada. Admito q tô sentimental demais esses dias.

Agora tá na hora de amar o agachamento a fundo!
Tô indo malhar =)

sábado, 24 de abril de 2010

Xampu e barrinha

Eu sou doida por farmácia. Se eu ficar mais de 10 minutos dentro de uma, eu saio totalmente desprovida de dinheiro da loja. Compro tudo que eu vejo pela frente. E não sei se todo mundo sabe, mas farmácia nos EUA é um supermercado, mas só com a parte boa deles. Eu piro na batatinha! Os supermercados de lá têm mais ou menos o mesmo estilo, mas são enormes e vendem de um tudo, inclusive remédio (a exemplo do Wal Mart). E eis que aqui agora inauguraram um supermercado do tipo: o tal do Sam's Club.


(compritchas básicas: xampu de 1 litro a 17,90 e barrinhas de banana e cereal a menos de 1,50 cada uma)

Menina, em pleno sábado de tarde, saindo do salão de beleza, pensei: "quer saber? Vou-me já conhecer esse dito cujo". E fui. Eu já tinha feito o cartãozinho de lá há meses (só pode comprar lá com esse cartão e ele dá inclusive desconto em lavanderia, padaria, salão de beleza etc etc... eu acho que vale a pena!), mas eu nunca tinha ido pegá-lo. Aproveitei logo hoje pra fazer tudo isso. E pense num troço enorme e BARATO PRA CARAMBA! Sinceramente, eu só não comprei mais porque não havia pegado um bendito carrinho (e aí carreguei 2 litros de xampu e outros trecos nas mãos o tempo todo) e lá eles simplesmente não aceitam cartão de crédito, só de débito (e dinheiro, claro). Só descobri isso no caixa, com os braços cheios de buginganga, e juro que passou pela minha cabeça que eu fosse lavar os pratos ou os banheiros do local por ininterruptas cinco horas. Mas ainda bem que eu tinha plata suficiente! Aleluia!

Pois bem, como eu falei, os preços são MARA. Mas tipo, tem que comprar mais de dois itens, e ainda tem item que vem em uma embalagem enorme (como meu Pantene da foto. Coloquei a caneta só pra se ter uma ideia do tamanho da belezura). E o sortimento não é assim uma Brastemp.

E eu também comprei essas caixonas de barrinhas de banana e cereal, com 24 unidades cada uma. Pra mim, consumidora assídua, foi A compra. Tinha até aqueles xampus Johnson's de bebê, dos amarelinhos, em embalagem de 1 litro. Super econômico. So United States of America! Me senti passeando no Wal Mart de Orlando. Faltaram só os potes infinitos de todos os tipos de vitaminas que eles vendem por lá, tipo a vitamina C mastigável. Nem vou mentir que eu adoro.

Pois é. Agora que eu fiz a propaganda, vou pedir minha comissão. Bem que eu mereço, né?

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Rapidinha

Postando nas carreiras!

Hoje é aniversário de mamis! Cinquenta aninhos a véa tá fazendo. Vai ficando véa e vai ficando mais doida ainda. Espalhou pra todo mundo que ia ter dia de emo, que ia ficar na praia mofando, e já tá aqui do meu lado planejando n programas pra essa noite. Vá entender as mães!

Acabei de chegar da academia. Tô fedendo a macaco morto a tapa! Sim, eu malho na sexta-feira. Aliás, já malhei até meio-dia. Tudo pelo corpinho! (quem vê até pensa que a pessoa que vos fala tem um corpitcho esculpido a agachamentos e Durateston à la Gracyanne Barbosa) As pessoas precisam se conscientizar, sério mesmo, que atividade física é ESSENCIAL. Negócio de preguiça! A moda é remexer o esqueleto!

Ontem meu irmão se operou. Lá foi a abestada assistir à cirurgia. É sempre assim: passou no vestibular pra medicina, batata, já é médico. Assiste a cirurgia até do papagaio, se deixarem. É válido, lógico. Mas ontem foi cansativo pra caramba. O cirurgião marcou pras 8 e a gente esperou até as 2 da tarde. Dentro do quarto do hospital. Mofando. Endoidando. Lendo até bula de remédio. Mas ainda bem que deu tudo certo. Viva a medicina, de novo!

E vou indo, que ainda vou arranjar tempo de studiare l'italiano pra prova de amanhã e jantar com mamis.

Arrivederci!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Ou là là!

Paris, Paris! Foi amor à primeira vista!


(minha turma do curso de francês e eu, num passeio pelo bairro de Montmarttre, no dia do meu aniversário, em 2008)

Todo mundo sabe que eu AMO essa cidade! Não tem uma só vez que um ser humano chega pra mim dizendo que vai a Paris e eu não mande pra ele um super ultra power roteiro que eu fiz quando cheguei de lá da última vez. Antes de entrar na faculdade, passei dois meses na França, dos quais 4 semanas em Paris, estudando língua e cultura francesas. Parfait! Já havia estado lá no Natal de 2006, mas com a minha família.

Passeando pelo Viver Paris (piro nesse blog!), achei lá um link MUITO legal. É como se você estivesse num certo ponto da cidade dos apaixonados e você olhasse à sua volta e visse a cidade inteira, com direito a zoom e explicação dos pontos turísticos mais interessantes. Imperdível! Tô aqui me afogando na minha própria baba. Só posso ter nascido francesa na encarnação anterior...

Por quê não arranjo uma melhor amiga francesa, rica e desapegada??

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Produtinhos

Eu AMO maquiagem. Sempre gostei muito, mas passei a amar mesmo depois de conhecer (mesmo que virtualmente) a Michelle Phan, a Camila e a Vic. Aliás, apesar de na maioria das vezes não ser nada romântica (que bem o diga meu namorado, que veio dizer que eu daria um cotoco pra ele se ele me pedisse em casamento), eu gosto muito de coisa de mulherzinha, como maquiagem e produtinhos. Ai, produtinhos: sabonete, creme, óleo... e, de preferência, de fruta. Natura e O Boticário, tremei. Tenho vontade de espremer os tubos na boca e comer tudo, me lambuzar mesmo. Quer me fazer feliz? Me dá um pote de hidratante de fruta. No meu banheiro, no momento, eu tenho de amora, maracujá, erva doce, morango com chocolate, pêra e baunilha. Minha irmã me chama de MARIA CREME. Ô menina véa sebosa... nada a ver!

E como tenho verdadeira TARA pela linha de maracujá da Natura, resolvi experimentar o lançamento: sabonete em pasta do mesmo sabor (sabor ou cheiro?). Chegou hoje! Êba! CLARO que eu corri pro banheiro pra testar. Vamos avaliar? Hum... agora vou virar crítica de produtinhos. O blog é meu, faço o que eu quiser, viu? Vamos lá: o cheiro não é tão bom quanto o do hidratante; precisa ser aplicado com uma esponjinha vegetal, que vem com ele, então meio que esfolia a pele mesmo que você não queira; não faz tanta espuma (ai, eu amo espuma!); a pele fica suuuper macia no final, e bem cheirosa. Ainda prefiro o sabonete líquido, mas se é de variar, usemos o de pasta com sua esponjinha. Melhor do que caco de telha pra tirar o ceroto! Haha =)

E, falando sobre make up, essa semana eu comprei duas maravilhas: a máscara DOLL EYE ("olho de boneca") da NYX e o batom da linha Secrets do Boticário na cor Romance. Meu povo, que belezuras!


(fiquei com preguiça de procurar o produto no site, tá aí a fotinha que eu bati agorinha dele)

O rímel deixou meus cílios liiindos, pareciam de boneca mesmo. Sou meio traumatizada com cílios, porque os meus são poucos e curtinhos. Tenho até uns postiços aqui, que eu aprendi a usar com a minha best Tiffany, mas eu só apelo pra esses em casamentos mesmo. Parêntese: preciso fazer um post sobre casamento!!! Tá TODO MUNDO casando!!! Fecha parêntese. Bem, e o batom... um rosinha liiiindo, gostoso, cheiroso, daqueles que dá vontade de ficar passando de cinco em cinco minutos que nem o batom vermelho da nossa mãe quando a gente tinha 4 anos!

Aniversário em junho, viu? Ficadica. =)

Batizado e brigadeiro

Agora, oficialmente, eu sou madrinha de um pimpolho fofíssimo, mas que chora toda vida que eu o ponho no braço. Ainda preciso de mais intimidade com a fofura. A cerimônia de batismo foi domingo último e eu confesso que foi bem interessante, até porque eu nunca havia participado de uma, pelo menos não depois dos meus seis anos de idade. E como eu havia passado um final de semana quase todo assistindo a um curso de batismo, eu já sabia do significado de muita coisa da cerimônia. Pena que o bambino chorou copiosamente. Dava dó!

E, depois, festinha de aniversário dele. Ai, foi bom demais! Nunca comi tanto brigadeiro na vida, e na tacinha! Ganhei lembrancinha (é o novo), bebi chopp gelado e botei o papo em dia. E pensei: "ai, posso beber, estou de FÉRIAS"! Pra pouco depois me tocar que hoje às 7 e meia em ponto as aulas começariam, o que de fato aconteceu. Aula de diabetes mellitus, professor conceituadíssimo (apesar de dizer "preveu" no lugar de "previu", mas é besteira). Muito massa. Saí de lá doida pra me agarrar com o Vilar (o livro de endocrino, minha gente!). Agora começou a clínica. Começou a medicina de fato. Vamos ver no quê isso vai dar.

Já quero festinha de um ano de novo!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Fiz a endoscopia!

Medicina... ah, a medicina! A medicina nos proporciona maravilhas, tais quais a maravilha de ser sedada com midazolam (vulgo Dormonid) e depois ter um tubo enfiado goela abaixo. Poisé, a minha esperada endoscopia digestiva foi ontem. À exceção do detalhe que eu e mamis chegamos lá às 8 horas, já que eu havia marcado pras 8 e meia mas a atendente me ligou pedindo pra eu ir meia hora mais cedo, e fomos recebidas às 9 e meia, correu tudo muito bem. O engraçado é que, pra mim, durou 5 minutos. Minha mãe disse que foram uns vinte. Nem lembro da minha pobre mãe na sala de exame. Droguinha boa! Só lembro que me babei, e muito. Lembro do meu braço arder. Quando saí da clínica, havia uma mancha enorme na região que foi puncionada. Alguma coisa teve. Mas eu tava tão feliz de não ter um carcinoma, que uma ronxa no braço era fichinha!


Eis o laudo: hérnia de hiato por deslizamento. Algo como a junção esôfago-estômago não estar no lugar certo, e como essa junção é tipo uma válvula, que não deixa alimento voltar à boca (é inclusive por isso que podemos comer até de cabeça pra baixo e a comida não volta), há um pouco de refluxo.


Preciso reconhecer humildemente que, das fotos, NÃO ENTENDI NADA. Dei até uma olhadela no livro de anatomia, mas não adiantou necas. A primeira foto até parece ser de um esôfago, mas digo logo que não tenho a mínima certeza disso. Aliás, de poucas coisas eu tenho certeza. Cada dia tenho menos certeza de tudo. A gente vai ficando velho e vai mudando o modo de enxergar tanta coisa, que quando eu chegar nos 40 anos devo ser uma pessoa totalmente diferente do que eu era com 15. Haja terapia!

Eu já disse que eu amo o que eu faço?

terça-feira, 13 de abril de 2010

Gastro, oftalmo e aparelho de audição

De férias ainda. Tô aproveitando pra ir a tudo quanto é tipo de médico, pra quando começarem as aulas eu estar de bem com a Lua, com o Sol, com as estrelas e com a ponte que caiu. Só ontem eu fui à gastro e ao oftalmologista.

Engraçado que, no consultório da primeira, foi uma folia. Amo pessoas bem humoradas (caso dela, aleluia). E eu, muito agoniada, queria falar tudo que tava sentindo no espaço de 60 segundos, totalmente impossível. Vomitei as palavras em cima da mulher. Falei logo que fazia medicina e que sentia toda a sintomatologia de cada doença que eu estudava na faculdade. Ela mandou logo eu deixar de ser ansiosa (bem facinho). E depois me disse algo que eu detesto ouvir: "Já pensou, você na emergência"? Tão chato de ouvir quanto: "Aff, tu vai agoniar teu paciente". Cá entre nós, não precisa falar devagar e baixinho pra salvar a vida de uma pessoa. E aí ela palpou meu abdome como eu cansei de palpar na semiologia (mandou até eu inspirar e palpou a minha borda hepática; só não fez a manobra de ShuSSSter). É legal demais saber o que o médico está fazendo com você. Isto é, é legal quando o que você tem não é nada de mais, o que não é meu caso. Queixa principal: passo muito mal sempre que eu bebo. Mas quinta-feira tem a endoscopia, vamos deixar o veredito pra mais tarde.

E, no oftalmo, outra folia. Conheço todo mundo da clínica, o cara cuida dos meus olhinhos desde meus 15, 16 anos (não que faça muito tempo, né?). Ele tem uma foto com o Papa João Paulo II pendurada na parede, caramba! É o cara! Lá, todas as atendentes perguntam pela minha mãe. Eu lá sei da minha mãe. Peguei a receita dos meus óculos novos (1 grau de astigmatismo a menos: YES!!) e recebi minhas lentes novinhas em folha. Agora tô enxergando tudo! Fui encomendar logo meus oclinhos cor de rosa. Vou ficar uma doutora! Adooooro!

Ah, e uma nouvelle: RECEBI MEU APARELHO DE AUDIÇÃO MEGA POWER SUPER EFICIENTE! Só faz uns 5 dias que eu o estou usando, e basicamente durante algumas horas por dia, então ainda preciso me adaptar a ele. É difícil. Achei que fosse só colocar no ouvido e sair ouvindo até a mais discreta das fofocas, mas nada. Antes que todo mundo ache que é daquele tipo enorme que só velhinho usa, adianto que é um miudinho que fica dentro do ouvido. Só aparece um tiquinho de nada dele. Ainda bem!


(taí a foto do esquerdo na caixinha. Segundo meu beibe, parece uma piroquinha pequenininha... haha)

Agora dá licença, que vou me retirar aos meus aposentos pra fazer exame de sangue amanhã cedinho. Só por curiosidade: TSH, T4 e enzimas hepáticas, que eu não consegui decifrar quais, a pedido da gastro.

À plus!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Nostalgia

Semana Santa se foi! Canoa Quebrada foi ótimo: ótimas companhias, ótimo clima e ótima comida. Aliás, poucas vezes em comi tão bem quanto no Cabana. Ruana, vc se garantiu, minha filha!

Agora, falando sério: que saudade eu senti hoje do dia da minha matrícula na faculdade! Um monte de bichinhos e bichetes pintados de tinta guache, melecados de maisena com confete até a alma, alguns até com cabelo de outro bicho recém depilado pregado na cabeça fazendo um topetinho... todos a caminho da lagoa, com aquelas carinhas desesperadas que traduziam o medo mais mortal dos protozoários existentes naquele ecossistema (ai, adoro aula de biologia!). E nenhum deles reclamava de nada. Tem coisa mais linda?! Ô nostalgia!



Lembrei MUITO do meu dia. Aliás, fez 2 anos domingo (de Páscoa: ressurreição!), dia em que solenemente fui à missa em agradecimento por essa coisa linda que é a medicina na minha vida. Sentei sozinha lá atrás, me achando um peixe fora d'água, uma matuta de galocha, porque eu NUNCA vou à missa totalmente sozinha. Tá, eu sei que é besteira. Mas eu me acostumei a ir com alguém do meu lado, preciso me desacostumar ainda.

Um dia desses, tava eu aqui, recém formada em odonto, na mesa do jantar: "Pai, deixa eu voltar pro cursinho? Quero fazer medicina". Cá entre nós, eu lembro disso e dá vontade de chorar. Mas sou forte, sou loira (GRANDE COISA!), não vou chorar escrevendo em pleno blog não. A cara da pobreza! Pois bem, eu pedi e ele balançou a cabeça. A empolgação personificada sentada na mesa de jantar comendo cozido com arroz. O pobre, ele não gosta muito de falar não. Deixa ele. Aí foi: no dia seguinte, tava a Belzinha na porta do cursinho. A parte chata é que eu pedi pro coordenador pra ir pra turma olímpica e ele disse que eu "não iria acompanhar". Ah, tá. De burra, ele me chamando? Imagiiina!

Lá fui eu pra turma "normal". Ô povo bagunceiro! Mas eu sim, eu queria ovo. Acho que eu e mais umas 4 queríamos, da turma de cinquenta. Básico. No final do ano, bomba. Ano seguinte: turma olímpica. Final do ano: bomba. 25 posições pra entrar na federal. Ano seguinte: turma olímpica DE GRAÇA. Final do ano: bomba na federal e classificáveis na estadual. E aí matrícula de classificáveis, que é toda aquela marmota que eu conheço bem. Um dos dias mais felizes da minha vida. E eu, que achava que ia terminar na particular, saí do Itaperi toda manchada de tinta, maisena e confete e fui cancelar minha matrícula na outra faculdade. A secretária me olhou com cara de abuso. Mas ali, naquele dia, até a Xuxa poderia olhar pra mim com cara de abuso. Eu estaria peidando (com o perdão da palavra) pra ela. Naquele momento, começaram os primeiros dias do resto da minha vida. Não ia haver abuso que mudasse aquilo.

E eu espero, do fundo do meu coração, que nenhum professor mal amado, nenhuma entrevista de monitoria sem sucesso e nenhum parente de acidentado mal humorado me faça algum dia deixar de amar aquilo que eu escolhi pra mim. JAMAIS!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Quero meu motor!

Desde domingo, dia 21 de março, ou seja, faz 10 dias, que eu durmo (ou melhor, tento dormir) em completo e absoluto calor por causa de uma droga de um ar condicionado quebrado. E, pra não dizer que o calor é absoluto, tem do lado da minha cama um tal de um circulador de ar, o parente pobre e preguiçoso do ventilador, comprado em pleno domingo à noite num Extra cheio de vendedores mau humorados. Digamos que ele faça o ar circular, mas ventilar que é bom, quase nada.

Mas o mais revoltante é que eu eu liguei pra assistência na segunda-feira pós-quebra de ar condicionado e a secretária falou que só iriam mandar alguém à minha casa na quinta. Era segunda. O homem ia quinta. Ou seja: 3 noites de calor. E eles, de fato, foram. Constataram um motor falido e ficaram de vir colocar outro. Amanhã faz uma semana que isso aconteceu. E cadê meu motor? Belzinha continua dormindo no calor do circulador de ar, acordando suada toda manhã e chamando o técnico de todos os palavrões mais escandalosos. EU QUERO MEU MOTOR!

E outro detalhe é que o tal do motor que eu espero ansiosamente que eles coloquem custa meros 1239,00 reais. Quase 3 salários mínimos (se este custar 500 reais, o que eu acho que procede, mas admito que não sou a mais inteirada a respeito de salário mínimo). E, assim, Belzinha vai esperando. Eu juro que eu não sei se a culpa é do meu pai, que me deixou acostumar a dormir no friozinho (que saudade!), ou minha, fresca demais pra não aguentar um circulador de ar Arno que não circula nem as tranças do rei careca.

E, assim, vou passando as minhas férias: suando. Derretendo. Aliás, falando em vacances, meu Harrison chegou! Me empolguei quando vi a criança, mas admito que não estou lá das mais animadas com a medicina ultimamente. Duas coisinhas que aconteceram esse semestre meio que me "brocharam". Até hoje eu sonho com uma das minhas professoras de semiologia. Sonho nada: tenho pesadelos! E, pra abrir as minhas férias, dei com uma acidentada essa semana, cercada de transeuntes, como acontece bastante na minha província (cidade que eu abomino cada dia mais), e fui logo me identificando, dizendo que era estudante de medicina. Ao que as pessoas respondem: "mas não é médica"! "Tem quantos anos de formada"? "Faltam quantos anos pra se formar"? "Não sabe de nada"! "Vai fazer curso de primeiros socorros"! TOME! Banho de água fria na Belzinha. Foi-se o tempo que médico tinha prestígio com alguma coisa.

E até mais, que eu vou fazer a mala pra chegar na praia amanhã prontinha pra esquecer Harrison, medicina, acidentada e transeuntes.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Tem inverno na linha do Equador?

Esse post de hoje é beeem mulherzinha!

Eu hoje
, no auge do tédio, futricando uns blogs de moda, o que eu, aliás, A-D-O-R-O fazer, só me deparei com COLEÇÕES DE INVERNO. Tachas pra cá, botas enormes pra acolá, cores escuras pra um lado, mangas supercompridas pro outro... tudo que NÃO se usa no Ceará. Ou melhor: no Nordeste todinho, apesar de a minha amiga Hellen, quase uma aracajuana, jurar de pé junto que, por lá, o pessoal adora uma bota na época do São João. Sim, na época do São João. Vá entender. Enfim, fico arrasada de ver todo esse babado, de ver tanta ankle boot linda, e simplesmente não poder usar onde eu moro. Porquê?! Por que aqui faz um calor desgraçado, só isso! Não combina! E o pior: você entra em qualquer loja descoladinha e não tem quase nada de "verão" (como se aqui a gente tivesse verão! O ano todo é verão!). O que tem tá na liquidação. É ultrapassado. Ah, mas eu compro. Hoje mesmo eu fiz isso. Comprei três regatinhas fluo (diga-se de passagem, ultra mega over, pois foi do "verão passado"). E ai de quem achar brega.

Infelizmente, morar aqui é assim: é manter sempre o mesmo estilo de guarda roupa. Shortinhos e sainha
s curtíssimos, regatinhas levinhas e sandalinhas que mostrem ao máximo os pezinhos, senão já viu: morre de calor. Mesmo que em SP, que no Rio, que em NY, as pessoas se enfiem em tachas de tudo que é tamanho, em botinhas e em meias calças, mesmo que Mary-Kate e Ashley apareçam saltitando em casacos de pele pesadíssimos, enroladas em lenços LV chiquérrimos, nós, nascidas no calor (aliás, cada dia mais horroroso), não podemos nem pensar em usar esse tipo de coisa. Ah, e podemos! Se viajarmos todo ano pra Parri. Aaai, vontade! (olha aí uma foto que eu tirei em 2008, quand je me promenais au bord de la Seine)



E por quê as lojas da cidade insistem em vender artigos da coleção de inverno em pleno calor equatorial? Tem razão? Hum, deve ter alguma. Eu que não entendi ainda. Mas, falando sério, nessa época, esse povo deve morrer de fome. Pelo menos aqui na minha província...

domingo, 28 de março de 2010

Globo Rural

Pirei na batatinha hoje de manhã vendo Globo Rural. "Isabela, Globo Rural, minha filha? Vá estudar reumato, vá"! Explico: primeiro, também sou filha de Deus; segundo, eu estou de férias; e último, por causa de uma infeliz falta de energia, eu e o beibe acordamos super cedo, num calor desgraçado, e ficamos pacientemente esperando pela volta do ar condicionado, inertes, dentro do quarto (fora dele era muito pior, em termos de calor). Quando o bonito voltou, sono já havia ido embora. Sobrou Globo Rural na TV. O bom é q a gente se perguntava: "quem será q acorda 7 da manhã pra assistir Globo Rural"? Mas q deve ter muita gente q acorda cedo, deve sim, senão a Globo já o teria cortado. Enfim, a gente lá, vendo aquele super programa interessante, e eis q foram mostrar todo o processo de produção de um queijo típico da Suíça (francesa, diga-se se passagem) em pleno país, a menos 9 graus Celsius. O nome do danado é Vacherin Mont D'Or e eu simplesmente me afoguei na minha própria baba. Primeiro q era na Suíca, na neve, na floresta, en français... luxo! E segundo q eu AMO queijo. Todo tipo de queijo, do coalho ao provolone. E depois q ele era tão lindo, tão fofo, tão cuidadosamente preparado, tão mofado... pra se ter uma ideia, eles deixam o queijo descansando enrolado numa tirinha de madeira q tem um fungo, pra q ele literalmente mofe. Mas nem é mofo verde (aaahh...), é aquele branquinho q quase todos os queijos franceses têm. Uma delícia, durinho por fora e melequento por dentro. Já ia na padaria mais chique da cidade pra procurar pelo safado, e eis q o dono da fazenda diz ao repórter: "80% da produção fica na Suíça, 20% a gente exporta pra França e pra Itália". BUÁ! Vou ter q me contentar com o queijo coalho da padaria da Francina. Não q ele seja ruim. Aliás, até hoje, eu não provei um queijo ruim. E olha q já comi queijo! Quando eu tava na França, todo dia a mère colocava um prato de queijo em cima da mesa depois do jantar, o q depois eu descobri ser costume por lá: o tal assiète de fromage, depois do jantar e antes da sobremesa, ou até no lugar dela. O q se tinha normalmente era Camembert, Charentais e Chèvre, q era de cabra. Difícil dizer qual o mais delicioso. Era tanto queijo, de manhã, de tarde e de noite, q até eu, q sou extremamente constipada, precisava de banheiro duas vezes por dia. E olha q esses são os franceses! Eu não vejo a hora de ir pra Itália praticar meu italiano (sim, tô fazendo aulas de italiano! Buongiorno, signorina!) e comer mussarela de búfala, aquela ovalzinha, q o Jamie Oliver abre com as mãos como se fosse uma bolota de massinha de modelar daquelas das aulas de arte do colégio e coloca no prato do lado de uma salada. Dá pra sentir até o salgadinho dela na boca olhando pra TV. Aliás, dá pra sentir a pobrezinha rangendo nos dentes. Queijo é bom demais! Mas nem tem o Vacherin nessa província onde eu habito. BUÁ! Peraí, q vou ali comprar meu coalho fabricado em Maranguape! Na volta, passo no Lago Jacarey e compro meu espetinho de ovo de codorna enrolado no bacon. Imperdível, mas falo dele em outro post.
À plus!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Primeiro post

Errr... aqui prestes a perder a virgindade bloguística. Ainda aprendendo a mexer nesse troço. Hum... o q eu posso dizer é: acordei um dia, dei bom dia pro céu, bom dia pro ar, bom dia pro Sol (hum... essa parte brega aí é mentira, é só pra enfeitar) e pensei comigo mesma: "preciso fazer um blog". Engraçado q meu namorado odiou a ideia. Mas também, não escreve nada. Só fala. Aliás, fala muito. Bom, deixa o beibe pra lá. Eu, Belzinha, precisava fazer um blog não pelo simples fato de ter um blog, mas pelo simples, ou complexo, fato de q eu precisava ESCREVER. Quase nasço escrevendo. Tem um caderninho aqui em casa recheado de "peças teatrais" q eu escrevi com 9, 10 anos. Tá, não são peeeeeeeeeeeeeeças, mas... é um começo. E mais: eu escrevo bem. Odeio quem não sabe usar vírgula nem acento. Tá bom, não odeio, mas me dá um abuso! Tem coisa mais mongol do q separar sujeito de predicado, meu povo? E crasear todo a solto q se vê pela frente? "Temos panelada de sexta À domingo". Hein?!? Poisé. Precisava de um blog urgentemente. E agora eu o tenho, depois de horas pra escolher um template e depois de meses pra escolher uma foto pro perfil q traduzisse o q eu sou. E tá aí. Eu tô muito mais feliz! Enquanto não arranjo meu posto de colunista semanal no Jornal O Povo (à la Carrie Bradshaw, of course), faço meus posts esporádicos no meu próprio jornal. E, quem sabe um dia, faço q nem minha best Elizabeth Gilbert, uma de minhas inspirações: coloco tudo num livro. E todo mundo lê. E fico rica. E a minha outra best Julinha Roberts estrela o filme do meu livro. E aí eu vou pra galera!