terça-feira, 25 de maio de 2010

Academia e afins

Hoje eu malhei pesadão. Tava inspirada. Bom, tava estressada. Provas chegando, sensação que quanto mais eu estudo menos eu aprendo, que vou ser a pior médica do mundo inteirinho e por aí vai. Aí foi só a conta: dei o gás na malhacione.

Tava agorinha lendo sobre osteoporose, matéria da próxima prova. Foi lá que eu vi: "fator de risco para desmineralização óssea: FALTA DE ATIVIDADE FÍSICA". Pensei: "caraca, tô bem. Pelo menos nisso aí, eu tô bem". Porque eu malho. Mas eu malho! Eu malho de personal, que é pra não desistir no meio do caminho (já que meu rico dinheirinho está em jogo), e eu malho com gosto. Eu gosto é de sair toda melecada de suor daquela academia, de sair com a blusa branca imunda de graxa das anilhas que eu agarro no abdominal. É uma terapia. Isso sem falar nos benefícios óbvios (e lindos, e durinhos, e sarados!) dos leg press' e dos agachamentos. A cada avaliação física que eu faço, é um pouquinho da minha alma que eu lavo. E a minha personal diz: "você é, atualmente, minha melhor aluna". Mas cá entre nós: IMAGINA A PIOR!!

E ainda tem mais: tem coisa mais relaxante que reparar em todo tipo de gente que resolve aparecer por lá? Vale por 10 comprimidos de Maracugina! Tem aquela que vai de calça branca (e aparentemente sem calcinha) e acha de fazer, exatamente naquele dia, exercícios quase eróticos pro bumbum durante vários minutos; tem a que dita moda, que é toda rechonchudinha mas vai de calça coladinha com um body exatamente no mesmo tom, pra combinar mesmo de com força (pena que ela tá grávida, então só a vejo de roupão. Não tá ditando moda atualmente. Buá!); tem a que vai de macacões (ela os tem de toooodas as cores) exatamente na cor da meia, de trança na franja (sim, na FRANJA!) do cabelo (mesmo beirando os 40 anos) e um batonzão digno de Emily Blunt em algum tapete vermelho por aí, nada a ver com academia. E tem o filho de representante de perfumaria (é, tenho meus informantes) que todo dia toma banho de perfume e chega intoxicando todo mundo no recinto. Não que ele seja o único. Mas pelo menos é o mais nocivo à minha narina. Ugh. Epa, nem acabou: tem o cubano bombadão que diz todo dia que meu cabelo tá lindo. Ai, ele é fofo. E tem as bibas! Aaaai, as bibas! Atóron! Tá por fora, tem biba lá que já ganhou até concurso de beleza. Me mata de orgulho!

E é por isso tudo que, pra mim, malhar é tudo de bom. É claro que tem dia que eu não estou com um pinguinho de vontade de ir pra lá. Mas aí a voz do meu dinheirinho fala mais alto. A voz do dinheirinho e do buchinho também. Gorda nunca mais! Não que eu seja a mais magra do mundo, né? Mas que fazer exercício me ajuda a poder saborear minhas paneladas, buchadas e carneiros guizados em paz, pode apostar que ajuda. Como praticante do negócio e como estudante de medicina, eu recomendo demais. Até porque, honestamente, nem eu e nem você teremos 20 aninhos pra sempre. Olha aí a osteoporose no mundo. Verdade seja dita.


(galera da academia e eu, na Corrida Iguatemi do ano passado)

Maaas, como nem tudo na vida são blogs, vou voltar pra osteoporose. Pelo menos na teoria. À plus!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Madrugueition

1 e 40 da madrugada de segunda pra terça. Não sei o que houve não, mas simplesmente me falta inspiração. Me falta há dias. Blog tá abandonado, coitado. Devo estar feliz demais. Né sempre assim? A gente tá mal e escreve, escreve pra caramba e super bem. Basta ficar bem e esquece de tudo. Só quer saber de ficar bem.

E, sendo assim, vamos me esperar ficar mal de novo. Isto é, se é que eu vou ficar mal, ou se é que eu preciso ficar mal pra escrever. Hum. Tô bem mesmo. Essa semana nem 'doença da semana' eu tive. Ou tive e não tô lembrando? Puta merda. É Alzheimer!

See you guys next time then!

domingo, 9 de maio de 2010

Massacre

Dia das mães com gostinho de cabo de guarda-chuva na boca, ou seja: RESSACA. Aaaai, odeio ter ressaca (mas adooooro uma cervejinha)!!


(mamis e eu com os cabelos ao vento em plena Quinta Avenida, em NY, em maio de 2009)

Tudo por causa de um uisquezinho com guaraná numa festinha de aniversário. E o bicho era Chivas, leia-se 12 anos! E, mesmo assim, Belzinha tá aqui: morta. Começou na volta da festa: eu e o bofe fizemos revezamento de vômitos. Ou seja: a gente encostava o carro de 5 em 5 minutos. Uma vez ele vomitava, uma vez eu. Olha que legal! Já quero brincar disso de novo! (ecat)

Depois que eu cheguei, às 3 da matina, começou um filme ótimo: O MASSACRE DA BILE AMARGA. Eu vomitei litros de bile. Às 7, às 8 e às 9. Consegui dormir de novo, pra levantar às 11 e cometer o amargo erro de sair pro almoço de dia das mães com a minha ilustríssima Veroneida (vulgo Bêra, pois ela normalmente está à "beira"da loucura). Churrascaria. Dor de cabeça. Barulho. Suor frio. Comida. Naúsea. Tudo junto e misturado. Ao primeiro gole de água de coco, corri pro banheiro. O MASSACRE DA BILE AMARGA, parte 2. Voltamos pra casa. Parte 3. E depois fui pra casa da vó. Péssima, mas não podia fazer a desfeita de não ir vê-la, afinal é mãe do meu pai (e meu nome, por sinal, é em homenagem a ela!). 3 da tarde: hora de ir pra casa. Parte 4 ameaçou vir, mas desistiu. Deus é Pai (e, segundo meu amigo mais armorial, lady é Gaga).

E agora estou aqui, tendo recém descoberto que Geisy Arruda lançou a própria grife de vestidos (adivinha a cor predominante na coleção?), amargando uma bela dor de cabeça (eu já gosto de ter dor de cabeça!), referindo dor no corpo caloso, com uma fatia de pão e uma xícara de café na barriga, tudo que consegui que permanecesse no meu estômago durante todo o dia. Vou pensar seriamente antes de beber na véspera do dia das mães do ano que vem.

Coragem, onde é q tu tá, pelamorde?!?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Enjoei :P

Nem que vc esteja tão desprovido de cédulas de real quanto eu, mas pelo menos pra dar boas risadas e ler bons textinhos descritivos: dá uma passada no Enjoei! Ai, adoro. Meu sonho é botar minhas calcinhas pra vender lá.

À plus! (oui, j'adore la France)

Hipocondria

Ai, ai, ai. Tô aqui morrendo de dor de cabeça. Desde 1 da tarde que essa danada me perturba e nada de passar. Pelo contrário, fica piorando a cada minuto que passa. Tomei um Tylenolzinho há uma hora, mas foi mesmo que tomar uma garapa de açúcar. Deu em NADA. Fico revoltada por não saber a causa dessa nojenta pra poder dar um fim nela. Afinal, eu faço medicina, tenho obrigação de saber. Isso (que eu tenho obrigação de saber) meu inconsciente é quem me diz. Ele me exige bastante. E, quando eu não correspondo às expectativas dele, ele vira um treco chamado PESO NA CONSCIÊNCIA. É osso.

Fui pra academia hoje de tarde mesmo com essa dor de cabeça petulante me enchendo o saco. Eu sei que não se deve malhar com dor de cabeça (pelo menos é isso que a minha instrutora me diz e eu nunca fui atrás de saber porquê), mas o tal do pesinho na consciência falou mais alto. Fui, malhei braço e agora a dor tá 30 vezes pior. E o pior de tudo é que nem posso tomar o remédio mais forte que Tylenol que eu tenho aqui, o Cefaliv, porque ultimamente ele tá me dando umas agonias no juízo, sabe-se lá o que isso significa. Eu não fico me sentindo bem e eu não sei como descrever o "não me sentindo bem". Mesmo fazendo medicina. E mesmo com peso na consciência.

E eu, depois da malhação, no banho, pensando: "peraí, não posso falar de dor de cabeça no blog. A doença da semana é hipertireoidismo"! Pois é. Agora, toda semana aparece uma doença nova. Nas férias, era carcinoma no estômago. Semana retrasada, era diabetes. A da semana passada eu nem lembro mais. E a dessa semana é hipertireoidismo. E, abarcando todas elas, vem a HIPOCONDRIA. Eu sei. No consciente, Belzinha sabe da real presença da hipocondria. Mas inconscientemente... ai, ai, ai, é difícil. E o engraçado é que eu não gosto de tomar remédio. Morro de medo de ter um piripaque e morrer de efeito colateral, de overdose, de interação medicamentosa, de doidice esclerosante aguda, o que seja. Mas em matéria de arranjar doença... ah, isso é comigo mesma! E, considerando que estamos na clínica e toda semana a gente tem aula de cinco, seis doenças (das sérias) diferentes, eu resumo tudo em uma frase: tô lascada. Bem, resumo em duas: (1) tô lascada e (2) haja terapia.

Eu tenho todo um histórico de transtorno de ansiedade, de ataques de pânico, de psicólogas e psiquiatras e de Maracujinas. Ou seja: doidice tá no lugar certo. Hoje em dia, eu me considero meio que em latência dos meus distúrbios psicológicos, apesar de, todo mês, na época da famigerada TPM, eu jurar que vou voltar correndo pra minha terapia. Mas aí, no dia seguinte, a doidice passa. E eu me considero ótima, pronta pra próxima. É, minha gente: problema de cabeça é coisa séria. Que o diga quem tem chifre! (ô piada infame)


(essa aqui é só pra ilustrar um momento de completo relaxamento e ausência de peso na consciência numa das aulas de farmacologia do semestre passado)

Ai, ai, ai. Às vezes eu queria tanto ser mais calminha!