domingo, 28 de março de 2010

Globo Rural

Pirei na batatinha hoje de manhã vendo Globo Rural. "Isabela, Globo Rural, minha filha? Vá estudar reumato, vá"! Explico: primeiro, também sou filha de Deus; segundo, eu estou de férias; e último, por causa de uma infeliz falta de energia, eu e o beibe acordamos super cedo, num calor desgraçado, e ficamos pacientemente esperando pela volta do ar condicionado, inertes, dentro do quarto (fora dele era muito pior, em termos de calor). Quando o bonito voltou, sono já havia ido embora. Sobrou Globo Rural na TV. O bom é q a gente se perguntava: "quem será q acorda 7 da manhã pra assistir Globo Rural"? Mas q deve ter muita gente q acorda cedo, deve sim, senão a Globo já o teria cortado. Enfim, a gente lá, vendo aquele super programa interessante, e eis q foram mostrar todo o processo de produção de um queijo típico da Suíça (francesa, diga-se se passagem) em pleno país, a menos 9 graus Celsius. O nome do danado é Vacherin Mont D'Or e eu simplesmente me afoguei na minha própria baba. Primeiro q era na Suíca, na neve, na floresta, en français... luxo! E segundo q eu AMO queijo. Todo tipo de queijo, do coalho ao provolone. E depois q ele era tão lindo, tão fofo, tão cuidadosamente preparado, tão mofado... pra se ter uma ideia, eles deixam o queijo descansando enrolado numa tirinha de madeira q tem um fungo, pra q ele literalmente mofe. Mas nem é mofo verde (aaahh...), é aquele branquinho q quase todos os queijos franceses têm. Uma delícia, durinho por fora e melequento por dentro. Já ia na padaria mais chique da cidade pra procurar pelo safado, e eis q o dono da fazenda diz ao repórter: "80% da produção fica na Suíça, 20% a gente exporta pra França e pra Itália". BUÁ! Vou ter q me contentar com o queijo coalho da padaria da Francina. Não q ele seja ruim. Aliás, até hoje, eu não provei um queijo ruim. E olha q já comi queijo! Quando eu tava na França, todo dia a mère colocava um prato de queijo em cima da mesa depois do jantar, o q depois eu descobri ser costume por lá: o tal assiète de fromage, depois do jantar e antes da sobremesa, ou até no lugar dela. O q se tinha normalmente era Camembert, Charentais e Chèvre, q era de cabra. Difícil dizer qual o mais delicioso. Era tanto queijo, de manhã, de tarde e de noite, q até eu, q sou extremamente constipada, precisava de banheiro duas vezes por dia. E olha q esses são os franceses! Eu não vejo a hora de ir pra Itália praticar meu italiano (sim, tô fazendo aulas de italiano! Buongiorno, signorina!) e comer mussarela de búfala, aquela ovalzinha, q o Jamie Oliver abre com as mãos como se fosse uma bolota de massinha de modelar daquelas das aulas de arte do colégio e coloca no prato do lado de uma salada. Dá pra sentir até o salgadinho dela na boca olhando pra TV. Aliás, dá pra sentir a pobrezinha rangendo nos dentes. Queijo é bom demais! Mas nem tem o Vacherin nessa província onde eu habito. BUÁ! Peraí, q vou ali comprar meu coalho fabricado em Maranguape! Na volta, passo no Lago Jacarey e compro meu espetinho de ovo de codorna enrolado no bacon. Imperdível, mas falo dele em outro post.
À plus!

Nenhum comentário: