quarta-feira, 31 de março de 2010

Quero meu motor!

Desde domingo, dia 21 de março, ou seja, faz 10 dias, que eu durmo (ou melhor, tento dormir) em completo e absoluto calor por causa de uma droga de um ar condicionado quebrado. E, pra não dizer que o calor é absoluto, tem do lado da minha cama um tal de um circulador de ar, o parente pobre e preguiçoso do ventilador, comprado em pleno domingo à noite num Extra cheio de vendedores mau humorados. Digamos que ele faça o ar circular, mas ventilar que é bom, quase nada.

Mas o mais revoltante é que eu eu liguei pra assistência na segunda-feira pós-quebra de ar condicionado e a secretária falou que só iriam mandar alguém à minha casa na quinta. Era segunda. O homem ia quinta. Ou seja: 3 noites de calor. E eles, de fato, foram. Constataram um motor falido e ficaram de vir colocar outro. Amanhã faz uma semana que isso aconteceu. E cadê meu motor? Belzinha continua dormindo no calor do circulador de ar, acordando suada toda manhã e chamando o técnico de todos os palavrões mais escandalosos. EU QUERO MEU MOTOR!

E outro detalhe é que o tal do motor que eu espero ansiosamente que eles coloquem custa meros 1239,00 reais. Quase 3 salários mínimos (se este custar 500 reais, o que eu acho que procede, mas admito que não sou a mais inteirada a respeito de salário mínimo). E, assim, Belzinha vai esperando. Eu juro que eu não sei se a culpa é do meu pai, que me deixou acostumar a dormir no friozinho (que saudade!), ou minha, fresca demais pra não aguentar um circulador de ar Arno que não circula nem as tranças do rei careca.

E, assim, vou passando as minhas férias: suando. Derretendo. Aliás, falando em vacances, meu Harrison chegou! Me empolguei quando vi a criança, mas admito que não estou lá das mais animadas com a medicina ultimamente. Duas coisinhas que aconteceram esse semestre meio que me "brocharam". Até hoje eu sonho com uma das minhas professoras de semiologia. Sonho nada: tenho pesadelos! E, pra abrir as minhas férias, dei com uma acidentada essa semana, cercada de transeuntes, como acontece bastante na minha província (cidade que eu abomino cada dia mais), e fui logo me identificando, dizendo que era estudante de medicina. Ao que as pessoas respondem: "mas não é médica"! "Tem quantos anos de formada"? "Faltam quantos anos pra se formar"? "Não sabe de nada"! "Vai fazer curso de primeiros socorros"! TOME! Banho de água fria na Belzinha. Foi-se o tempo que médico tinha prestígio com alguma coisa.

E até mais, que eu vou fazer a mala pra chegar na praia amanhã prontinha pra esquecer Harrison, medicina, acidentada e transeuntes.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Tem inverno na linha do Equador?

Esse post de hoje é beeem mulherzinha!

Eu hoje
, no auge do tédio, futricando uns blogs de moda, o que eu, aliás, A-D-O-R-O fazer, só me deparei com COLEÇÕES DE INVERNO. Tachas pra cá, botas enormes pra acolá, cores escuras pra um lado, mangas supercompridas pro outro... tudo que NÃO se usa no Ceará. Ou melhor: no Nordeste todinho, apesar de a minha amiga Hellen, quase uma aracajuana, jurar de pé junto que, por lá, o pessoal adora uma bota na época do São João. Sim, na época do São João. Vá entender. Enfim, fico arrasada de ver todo esse babado, de ver tanta ankle boot linda, e simplesmente não poder usar onde eu moro. Porquê?! Por que aqui faz um calor desgraçado, só isso! Não combina! E o pior: você entra em qualquer loja descoladinha e não tem quase nada de "verão" (como se aqui a gente tivesse verão! O ano todo é verão!). O que tem tá na liquidação. É ultrapassado. Ah, mas eu compro. Hoje mesmo eu fiz isso. Comprei três regatinhas fluo (diga-se de passagem, ultra mega over, pois foi do "verão passado"). E ai de quem achar brega.

Infelizmente, morar aqui é assim: é manter sempre o mesmo estilo de guarda roupa. Shortinhos e sainha
s curtíssimos, regatinhas levinhas e sandalinhas que mostrem ao máximo os pezinhos, senão já viu: morre de calor. Mesmo que em SP, que no Rio, que em NY, as pessoas se enfiem em tachas de tudo que é tamanho, em botinhas e em meias calças, mesmo que Mary-Kate e Ashley apareçam saltitando em casacos de pele pesadíssimos, enroladas em lenços LV chiquérrimos, nós, nascidas no calor (aliás, cada dia mais horroroso), não podemos nem pensar em usar esse tipo de coisa. Ah, e podemos! Se viajarmos todo ano pra Parri. Aaai, vontade! (olha aí uma foto que eu tirei em 2008, quand je me promenais au bord de la Seine)



E por quê as lojas da cidade insistem em vender artigos da coleção de inverno em pleno calor equatorial? Tem razão? Hum, deve ter alguma. Eu que não entendi ainda. Mas, falando sério, nessa época, esse povo deve morrer de fome. Pelo menos aqui na minha província...

domingo, 28 de março de 2010

Globo Rural

Pirei na batatinha hoje de manhã vendo Globo Rural. "Isabela, Globo Rural, minha filha? Vá estudar reumato, vá"! Explico: primeiro, também sou filha de Deus; segundo, eu estou de férias; e último, por causa de uma infeliz falta de energia, eu e o beibe acordamos super cedo, num calor desgraçado, e ficamos pacientemente esperando pela volta do ar condicionado, inertes, dentro do quarto (fora dele era muito pior, em termos de calor). Quando o bonito voltou, sono já havia ido embora. Sobrou Globo Rural na TV. O bom é q a gente se perguntava: "quem será q acorda 7 da manhã pra assistir Globo Rural"? Mas q deve ter muita gente q acorda cedo, deve sim, senão a Globo já o teria cortado. Enfim, a gente lá, vendo aquele super programa interessante, e eis q foram mostrar todo o processo de produção de um queijo típico da Suíça (francesa, diga-se se passagem) em pleno país, a menos 9 graus Celsius. O nome do danado é Vacherin Mont D'Or e eu simplesmente me afoguei na minha própria baba. Primeiro q era na Suíca, na neve, na floresta, en français... luxo! E segundo q eu AMO queijo. Todo tipo de queijo, do coalho ao provolone. E depois q ele era tão lindo, tão fofo, tão cuidadosamente preparado, tão mofado... pra se ter uma ideia, eles deixam o queijo descansando enrolado numa tirinha de madeira q tem um fungo, pra q ele literalmente mofe. Mas nem é mofo verde (aaahh...), é aquele branquinho q quase todos os queijos franceses têm. Uma delícia, durinho por fora e melequento por dentro. Já ia na padaria mais chique da cidade pra procurar pelo safado, e eis q o dono da fazenda diz ao repórter: "80% da produção fica na Suíça, 20% a gente exporta pra França e pra Itália". BUÁ! Vou ter q me contentar com o queijo coalho da padaria da Francina. Não q ele seja ruim. Aliás, até hoje, eu não provei um queijo ruim. E olha q já comi queijo! Quando eu tava na França, todo dia a mère colocava um prato de queijo em cima da mesa depois do jantar, o q depois eu descobri ser costume por lá: o tal assiète de fromage, depois do jantar e antes da sobremesa, ou até no lugar dela. O q se tinha normalmente era Camembert, Charentais e Chèvre, q era de cabra. Difícil dizer qual o mais delicioso. Era tanto queijo, de manhã, de tarde e de noite, q até eu, q sou extremamente constipada, precisava de banheiro duas vezes por dia. E olha q esses são os franceses! Eu não vejo a hora de ir pra Itália praticar meu italiano (sim, tô fazendo aulas de italiano! Buongiorno, signorina!) e comer mussarela de búfala, aquela ovalzinha, q o Jamie Oliver abre com as mãos como se fosse uma bolota de massinha de modelar daquelas das aulas de arte do colégio e coloca no prato do lado de uma salada. Dá pra sentir até o salgadinho dela na boca olhando pra TV. Aliás, dá pra sentir a pobrezinha rangendo nos dentes. Queijo é bom demais! Mas nem tem o Vacherin nessa província onde eu habito. BUÁ! Peraí, q vou ali comprar meu coalho fabricado em Maranguape! Na volta, passo no Lago Jacarey e compro meu espetinho de ovo de codorna enrolado no bacon. Imperdível, mas falo dele em outro post.
À plus!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Primeiro post

Errr... aqui prestes a perder a virgindade bloguística. Ainda aprendendo a mexer nesse troço. Hum... o q eu posso dizer é: acordei um dia, dei bom dia pro céu, bom dia pro ar, bom dia pro Sol (hum... essa parte brega aí é mentira, é só pra enfeitar) e pensei comigo mesma: "preciso fazer um blog". Engraçado q meu namorado odiou a ideia. Mas também, não escreve nada. Só fala. Aliás, fala muito. Bom, deixa o beibe pra lá. Eu, Belzinha, precisava fazer um blog não pelo simples fato de ter um blog, mas pelo simples, ou complexo, fato de q eu precisava ESCREVER. Quase nasço escrevendo. Tem um caderninho aqui em casa recheado de "peças teatrais" q eu escrevi com 9, 10 anos. Tá, não são peeeeeeeeeeeeeeças, mas... é um começo. E mais: eu escrevo bem. Odeio quem não sabe usar vírgula nem acento. Tá bom, não odeio, mas me dá um abuso! Tem coisa mais mongol do q separar sujeito de predicado, meu povo? E crasear todo a solto q se vê pela frente? "Temos panelada de sexta À domingo". Hein?!? Poisé. Precisava de um blog urgentemente. E agora eu o tenho, depois de horas pra escolher um template e depois de meses pra escolher uma foto pro perfil q traduzisse o q eu sou. E tá aí. Eu tô muito mais feliz! Enquanto não arranjo meu posto de colunista semanal no Jornal O Povo (à la Carrie Bradshaw, of course), faço meus posts esporádicos no meu próprio jornal. E, quem sabe um dia, faço q nem minha best Elizabeth Gilbert, uma de minhas inspirações: coloco tudo num livro. E todo mundo lê. E fico rica. E a minha outra best Julinha Roberts estrela o filme do meu livro. E aí eu vou pra galera!