sexta-feira, 7 de maio de 2010

Hipocondria

Ai, ai, ai. Tô aqui morrendo de dor de cabeça. Desde 1 da tarde que essa danada me perturba e nada de passar. Pelo contrário, fica piorando a cada minuto que passa. Tomei um Tylenolzinho há uma hora, mas foi mesmo que tomar uma garapa de açúcar. Deu em NADA. Fico revoltada por não saber a causa dessa nojenta pra poder dar um fim nela. Afinal, eu faço medicina, tenho obrigação de saber. Isso (que eu tenho obrigação de saber) meu inconsciente é quem me diz. Ele me exige bastante. E, quando eu não correspondo às expectativas dele, ele vira um treco chamado PESO NA CONSCIÊNCIA. É osso.

Fui pra academia hoje de tarde mesmo com essa dor de cabeça petulante me enchendo o saco. Eu sei que não se deve malhar com dor de cabeça (pelo menos é isso que a minha instrutora me diz e eu nunca fui atrás de saber porquê), mas o tal do pesinho na consciência falou mais alto. Fui, malhei braço e agora a dor tá 30 vezes pior. E o pior de tudo é que nem posso tomar o remédio mais forte que Tylenol que eu tenho aqui, o Cefaliv, porque ultimamente ele tá me dando umas agonias no juízo, sabe-se lá o que isso significa. Eu não fico me sentindo bem e eu não sei como descrever o "não me sentindo bem". Mesmo fazendo medicina. E mesmo com peso na consciência.

E eu, depois da malhação, no banho, pensando: "peraí, não posso falar de dor de cabeça no blog. A doença da semana é hipertireoidismo"! Pois é. Agora, toda semana aparece uma doença nova. Nas férias, era carcinoma no estômago. Semana retrasada, era diabetes. A da semana passada eu nem lembro mais. E a dessa semana é hipertireoidismo. E, abarcando todas elas, vem a HIPOCONDRIA. Eu sei. No consciente, Belzinha sabe da real presença da hipocondria. Mas inconscientemente... ai, ai, ai, é difícil. E o engraçado é que eu não gosto de tomar remédio. Morro de medo de ter um piripaque e morrer de efeito colateral, de overdose, de interação medicamentosa, de doidice esclerosante aguda, o que seja. Mas em matéria de arranjar doença... ah, isso é comigo mesma! E, considerando que estamos na clínica e toda semana a gente tem aula de cinco, seis doenças (das sérias) diferentes, eu resumo tudo em uma frase: tô lascada. Bem, resumo em duas: (1) tô lascada e (2) haja terapia.

Eu tenho todo um histórico de transtorno de ansiedade, de ataques de pânico, de psicólogas e psiquiatras e de Maracujinas. Ou seja: doidice tá no lugar certo. Hoje em dia, eu me considero meio que em latência dos meus distúrbios psicológicos, apesar de, todo mês, na época da famigerada TPM, eu jurar que vou voltar correndo pra minha terapia. Mas aí, no dia seguinte, a doidice passa. E eu me considero ótima, pronta pra próxima. É, minha gente: problema de cabeça é coisa séria. Que o diga quem tem chifre! (ô piada infame)


(essa aqui é só pra ilustrar um momento de completo relaxamento e ausência de peso na consciência numa das aulas de farmacologia do semestre passado)

Ai, ai, ai. Às vezes eu queria tanto ser mais calminha!

Um comentário:

Fernanda Coelho disse...

É Bel.... sempre soube q tu num girava bem da cabeça!
kkkkkk